Miguel Ângelo

Quem sou eu

domingo, setembro 25, 2005


um sopro nas cinzas de um mundo de beijos..

Miguel Ângelo




E num cheirinho a tempo....................um desafio de pulsações...

Miguel Ângelo



São eles...
São os vizinhos de cima os culpados.
Por não ter tecto,
por só ter fado.
Não tenho tecto desde que tenho vizinhos de cima.
Acho que me chove,
Acho que me move,
Acho que me trava.
Acho até que houve um dia...
que sorria,
que se abria. Mas já vai longe o monge que o amarelo viu.
Não tenho tecto,
afirmo e confirmo,
os culpados são eles.
Não tenho tecto e não tenho chão,
não tenho casa,
não tenho cão.
Há um senão! MAs já foi de perto o esperto que o vermelho viu.
Tenho frio,
Tenho mantas,
MAs não tenho quem me tape, não me tapo. Não consigo.
É perigo quando digo que a culpa é dos vizinhos de cima.
É perigo também não ter tecto,
não ser certo,
é perigo não ter onde me limpar,
quando estou farto de produzir paninhos de cheiro vivo,
quando estou sujo de medo dos vizinhos de cima.
São eles,
não tenhas,
não venhas. Ops! Os vizinhos são meus, eu que os varra,
eu que os sopre,
eu que tudo eu que nada,
eu que ande,
eu que estrada. MAS, Já era de longe a senhora do sul que viu o azul.
Por culpa deles não tenho tecto, não tenho chão,
só tenho asas, e carvão.
só tenho luzes,
só tenho cruzes,
não tenho é a casa de cima vazia, como eu queria.
São vizinhos,
Tenho que saber levá-los,
tenho que enterrá-los. Aí um tecto prevejo/desejo.
Ops! Deve ser do queijo que o homem da vala que vejo deixou cair.
MAs a culpa é deles, dos vizinhos de cima.
Não há spray,
não há enzima.
Sem tecto não tenho chão,
e o tempo que passa rouba-me pés,
rouba-me flores,
rouba-me cores.
E o pó que fazem? Não desfazem bordados daqueles,
Eu disse! São eles! MAs, já foi doce o constipado que o criado trouxe.
Sem vizinhos de cima não seria o clima de maneira tão feroz,
Não seria voz, equívocos consequentes.
Não estariam doentes os meus dentes,
que tudo trincam, e não brincam.
Efim...já não raspa a viola que encravou de caspa.
São histórinhas da ruiva,
que me uiva por aqui. Que faz festa,
Que faz feia, uma teia sem que eu creia.
O que resta...Enfim!
São paredes de testa que fazem vizinhos de cima morar.....

Miguel Ângelo