Miguel Ângelo

Quem sou eu

segunda-feira, março 20, 2006



Perdi-me ao contrário,
é pra não ser sempre da mesma forma,
perdi a norma.
Perdi-te ao contrário.
Ao contrário das outras perdas minimalistas,
das outras pedras, merdas...
Por de traz dos meus olhos a luz é complexa,
a luz é perversa ao ponto de se instalar.
É às cegas que digo eternamente que fui,
é às surdas que vejo.
Rodei-me contra ao vento sem meias nem pedais,
foi nua a ideia das veias reais,
foi crua (ideias mortais).
Lancei-me do alto da consciência e a queda não perdoou,
Vivi ao contrário.


Miguel Ângelo