Miguel Ângelo

Quem sou eu

terça-feira, outubro 18, 2005




Matei sem querer...
Perdi-me.
Arrepiei-me sozinha,
Arrepiei-me franzindo o berço que nos transporta, se importa, me corta de vento que uiva sozinho pintado,
Me corta de tempo passado em limão,
Se importa ou não
É meu,
É perdão. É MEDO rapado no branco dos olhos
Que racha,
Que encaixa
Que ensaia de caixa na mão,
que é porco
e ENTÃO?...
Se é preto e me cega...
Se são restos de frases...
São fases, os cartazes que faço por ti, pra mim...
Misturo o silêncio às vozes que vejo e prevejo...
Sozinha me beijo,
Sozinho te vejo
Te mato e tenho medo...
Era cedo e o sangue saltou,
Regou-me de fraquezas que os olhos não tinham,
Furou-te a saliva que um dia gastas-te...
Afasta e divide o ódio que temo.
Desculpa antecipei-me,
Encontrei-me
Levantei-me,
Afiei-me no gavetão sem luz e ansiedade,
Pedindo felicidade calquei-te até espremer,
Foi roxo até doer
Até querer
Até que um parasita dos confins, faz parar tal cozinhado,
Cozido,

Queimado........



Miguel Ângelo