Ninguém parou o carro p'ra banda passar.....a fruta em redor torna-se plateia,
acariciam o piso plebeu as nobres patas dos corpos matinais, o meu,
ressona ao ritmo de uma estilizada refeição em que o único sustento, o mar gástrico não provará.
Gasto um tubo de tinta nas paginas de mente aberta, abro o espaço sensível,
e sigo as arestas do meu combustível...
O verde tingiu-me o olhar, ora andemos...
Cautelosamente avançam a maioria das bengalas que vejo, o antónimo dos meus passos...
Sinto-me passageiro de sinal intermitente,
piso os traços contínuos das estradas,
imagino portagens, e a via, é mais do que verde...
piso os traços contínuos das estradas,
imagino portagens, e a via, é mais do que verde...
Vou consumir o transito das ruas
derramando nas montras o vernis da minha bengala:
ácido forte
azedo apetecível
pingos adocicados
temperos que deixo inundar as cidades desprotegidas....
miguel angelo