Miguel Ângelo

Quem sou eu

sábado, janeiro 14, 2006



Alucinado criei-me…

Corri então aos cantos que vejo,
Rompi de vês paredes bizarras…

Mudei de casa e os lençóis eram outros,
Já não vejo bichinhos voantes no tecto,
Não vejo brinquedos colados em loucuras aparentemente sonoras,
Dentadas por cima dos dedos que banalmente costumam falhar…
Hummmm….
Fiozinhos brilhantes em volta do corpo
Passantes às curvas da carne divina,
Que vulto excitante.
Badala desejo…
Agora o tempo ressona.
Delirei ameaças aos ponteiros que rodam,
Delirei sufocos repetidos,
Inesgotáveis…
Juro que mato essa coisa que espia.
Agora que o espelho recita poemas,
Agora que vejo fiozinhos brilhantes que pegam e enrolam dois corpos de céu,
Que pegam e enrolam um corpo mais eu,
Que pegam e enrolam meu corpo no teu…
São pedaços nutridos do mesmo,
Detalhes incontáveis. . . .

Miguel Ângelo