Miguel Ângelo

Quem sou eu

quarta-feira, outubro 19, 2005




Brejeiro...
Era assim ele que olhava, era assim maroto que ouvia. Era o brejeiro.
Um dia deparei-me com o brejeiro e lá estava ele a bramar de costas p'ra mim, virado p'ró mar. Esperando "colher" sereias colegas de outras meninas, de outras tão cegas, de outras felinas, o brejeiro e o seu comparsa.
Babando
Caindo
Sonhando
Tentando
O Brejeiro ia conseguindo, era por ele e pelo bando, que por mais pedindo extinção lá iam eles secando.
De alma e coração, com a "vergonha" na mão o brejeiro disse um não!
Foi cair de boca no chão, foi ter à extremidade (também já estava na idade), coitadinho do comparsa, sem pessoa aquela farsa. Decadente, a expectar que o Brejeiro volte a "cantar".
De surpresa foi mudar, foi compor-se, foi dançar...

"E só não muda quem está morto", li eu num outro "posto", sem idade nem vontade, sem vaidade disse verdade...



Miguel Ângelo