Miguel Ângelo

Quem sou eu

sábado, janeiro 28, 2006






...olhar animal,
transtornos públicos,
prazeres secretos...
Miguel Ângelo

domingo, janeiro 22, 2006






Viva aos soltos da rua pormenor...
Passeios galgados que sabem a mais,
mais vidas escritas, inscritas...

Miguel Ângelo

sábado, janeiro 14, 2006



Alucinado criei-me…

Corri então aos cantos que vejo,
Rompi de vês paredes bizarras…

Mudei de casa e os lençóis eram outros,
Já não vejo bichinhos voantes no tecto,
Não vejo brinquedos colados em loucuras aparentemente sonoras,
Dentadas por cima dos dedos que banalmente costumam falhar…
Hummmm….
Fiozinhos brilhantes em volta do corpo
Passantes às curvas da carne divina,
Que vulto excitante.
Badala desejo…
Agora o tempo ressona.
Delirei ameaças aos ponteiros que rodam,
Delirei sufocos repetidos,
Inesgotáveis…
Juro que mato essa coisa que espia.
Agora que o espelho recita poemas,
Agora que vejo fiozinhos brilhantes que pegam e enrolam dois corpos de céu,
Que pegam e enrolam um corpo mais eu,
Que pegam e enrolam meu corpo no teu…
São pedaços nutridos do mesmo,
Detalhes incontáveis. . . .

Miguel Ângelo

terça-feira, janeiro 10, 2006



São entulhos ouvidos ao monte,
De fonte partida em barulhos,
Mergulhos.
Estes que oiço por de traz da porta cortam raciocínios riscados em eficácia,
Cortam cruzes demais esperando luzes em recompensa real.
È anormal,
Tais bocas que cheiram a má noticia de jornal,
Que ainda escavam buraquinhos fictícios,
Malefícios pessoais.
São apenas ferrugentos tais olhos rabugentos que as rosas não vêm passar,
Não vêm caçar pensamentos alguns.
São bolas de pêlo andantes que não sabem porquê amantes,
Não sabem porque antes, e agora barulho fazem soar,
Entulho de se cheirar e escorregar em solo firme…





Miguel Ângelo

sexta-feira, janeiro 06, 2006



Debaixo da mesa lembrei-me que o sorriso é diferente. Depois fiquei cansado.
Doíam-me as unhas, e os riscos cravados nos pés de madeira faziam lembrar-me canções, canções que nas noites de fuga precisa o estômago fazia cantar.
Era cedo e eles lá vinham, as pernas que via dobradas rugiam ao dia com cheiros falantes. As pernas da ponta escorriam em pés, em dedos molhados no sangue das flores, eram facas cruéis à natureza pois.
As minhas amigas ás bolas pretinhas não fazem desenhos maldosos, desenham casinhas de palha debaixo dos pés deles. Hó, mas elas não param pra mim, dizem que o sonho se constrói e o tempo pode acabar.
Eu não me lembro do sonho da noite passada, mudaram a toalha e a renda roubou-mo...os sonhos também se roubam.
Dói-me o escuro dos olhos que aumenta...os barulhos do desempeçar da alcatifa dão-me tanto que sorrir. Eles ficaram sem pernas, sem joelhos, e depois sem pés, foi crescente a pisadela no tapete escadeado. Agora ficou escuro e pelinhos colorados voltam ao ponto de criação, e o preto dos olhos aumenta. (sorrisos serenos...)
Balancei-me no ritmo do ar. Vinha por aí dentro, e as flautas nasais faziam vibrar notinhas de cristal. As danças mais belas que o tempo já viu. Não acho que o tempo se acabe ao ver sonhos de papel voador.
É mais claro agora e já vejo teias maiores, são vestidos que crescem condicionados ao corpo do tempo.
Já tenho vestidos nos olhos, ai, hein, ain, ai...que embaraço, porque é que me tapam com vestidos dos outros?
Mas que passos marcados que me cansam ouvir. As pestanas reagem ao clicar do suporte, ups, que sininhos são estes que não vejo abanar? Hehehehe (reacções em pálpebras suaves. o Clicar de baixo com cima)
HHAAinn...os suores que tenho ao me ver cabisbaixo. São gotinhas de sonho que já começam a pesar, elas saem de escorrega até ao poço cansado... (sorriso de ceda)




*Despiram a mesa que tem pés de canção

Miguel Ângelo