Miguel Ângelo

Quem sou eu

sexta-feira, fevereiro 10, 2006






Aos cantos do mundo o eixo dispara.
São gritos guardados nos braços do céu,
Pedaços de corda louvados em verso.
Soluços amargos,
Engole.

Enroles uivado na sombra da carne,
Heranças no sangue.

È grande o Inverno que ensopa as palavras,
Risquinhos gelados que rodam gigantes
Como dantes os ventos rimavam,
Como dantes as portas abriam e o sorriso era menos criado,
Instinto falhado nos tempos de agora.

Aos cantos do mundo amachucam-se vidas.

São choques presentes no saco de embalo,
Balanços pingados aos poros caídos.
São quedas constantes na bolha envolvente.

Envolve-te.
Miguel Ângelo