Miguel Ângelo

Quem sou eu

quinta-feira, dezembro 08, 2005




Escondi-me pequeno,
Parti-me em fragmentos sagrados divididos pelos poços que os alheios fizeram furar,
Encolhi-me rogado pela chuva turbulenta,
Sim, furei-me de negro....
Deixaste-me gotas entaladas na porta,
Deixaste-as tontas de sopros velhos contraditórios.
Não suporto não poder querer que os olhos matem,
Não suporto que o desejo fuja e fique revolta clonada em passos misericordiosos.
São passadeiras de plástico em que desfilam radiações robotizadas,
São passadeiras demais p'ra um mundo exprimido,
São demais as saias rasgadas em padrões comungados.

Miguel Ângelo