Alucinado criei-me…
Corri então aos cantos que vejo,
Rompi de vês paredes bizarras…
Mudei de casa e os lençóis eram outros,
Já não vejo bichinhos voantes no tecto,
Não vejo brinquedos colados em loucuras aparentemente sonoras,
Dentadas por cima dos dedos que banalmente costumam falhar…
Hummmm….
Fiozinhos brilhantes em volta do corpo
Passantes às curvas da carne divina,
Que vulto excitante.
Badala desejo…
Agora o tempo ressona.
Delirei ameaças aos ponteiros que rodam,
Delirei sufocos repetidos,
Inesgotáveis…
Juro que mato essa coisa que espia.
Agora que o espelho recita poemas,
Agora que vejo fiozinhos brilhantes que pegam e enrolam dois corpos de céu,
Que pegam e enrolam um corpo mais eu,
Que pegam e enrolam meu corpo no teu…
São pedaços nutridos do mesmo,
Detalhes incontáveis. . . .
Miguel Ângelo
5 comentários:
"Quod me nutrit...me destruit."
(O que me alimenta também me destrói).
d'Oliveira
OLha que belo texto que ai tens!^.^
Quão perene é o texto e intensa a imagem que os "animantes" se contrairam, fechando-se em cubinhos mágicos.
d'Oliveira
emoção de mais*
sabes miguel, a vida passa num segundo, e enquanto nao passa nós esperamos. ansiosos pelo momento certo, que é a vida. a tua espera, estás a saber como e onde esperá-la. porque enquanto não chega, és único e fazes com a esperança dos outros queira a tua. se a vida a ti percorrer um minuto, significa que aguardarás menos tempo, mas mesmo assim continuas a saber como fazer. fá-lo bem, sem critério ou explicações. eu sou uma amiga que talvez tenha medo de esperar, ou tenha medo da própria vida, porque essa pode ser-lhe demasiado curta.
sê isso miguel. o que tu quiseres, não o que puderes. estou cansada de poderes. estou cansada de escrever. os olhos são o reflexo do nosso lugar nesta fila de espera enorme. e os meus sao escuros, os teus sao verdes,de esperança. enfim. nao tenho culpa mas tu tambem nao. (estou nervosa porque chorei.)
Postar um comentário