Miguel Ângelo

Quem sou eu

domingo, dezembro 18, 2005




Rende-te...
O destino criou-te lindinha.
Segura ao tempo pensavas ser,
Segura é pedra que parte e não grita.
Pensavas crescer no topo,
Foi topo o altar causador de moles quedas.
Lá de cima a vista era imunda, só não era o mundo que vemos melhor,
Queres sair?
Rende-te ás sombras que puxam estalinhos de Outono,
Percebe que o sono é um sonho perdido,
É visita esvoaçante nos braços do Mundo.
Ameaças presentes no teu reino exterior,
Ou cais viva ou te partes em odores descartáveis.
Não são maleáveis…
Nas traseiras do vento o senhor Bento já se rendeu,
Nas traseiras da feira a senhora Oliveira …
Resistes e morres lutando?
E o bando que passa e te emborca na hora de enfeite?
Não sei se não deite esse rigor imaculado.
Rugidos de cima que voltam gigantes,
O clima e as cores não são como dantes que a chuva bailava e as quedas fugiam,
Por isso rende-te.
Desfolhadas inesgotáveis…




Miguel Ângelo

8 comentários:

Anônimo disse...

São insabores
Gordos indolentes
Ganâncias crescentes.
A cauda continua contente
Os aremessadores voadores
já não se importam com quem foi
Não querem...Não foram...
Desfizeram alcatifas de mim
As prateleiras distantes
Já fazem parte do roxo da parede.
Os parapeitos indecentes
já não se consomem de cusquice.
E a culpa? Foi sua, vela pintada de roxo que jamais se descolará do chão...


Post Scriptum: Queria só dizer, para quem gosta de ler, que li um livro muito bom e como tal acho que devo partilhar a escrita daquele livro. Chama-se Pessoas Como Nós da Margarida Rebelo Pinto.
Leiam,aquele livro consome de escrita metafórica!!!

d'Oliveira

Anônimo disse...

A imagem está espectacular....adorei!!!

d'Oliveira

Anônimo disse...

Sempre senti presente uma melodia especial. Levei algum tempo a entende-la, não era fácil e ainda não o é. Não quero que seja fácil de qualquer das formas. Demorei tanto tempo, aperfeiçoei o meu escutar cuidadosamente com medo de destroir a beleza daquele som.
Enquanto esperei pelo fim do enigma construí tudo à minha volta: cadeiras esmagadoras, paredes criadas de um bloco só, uma cama envolvida em tantos cobertores quanto a imaginação fosse capaz de sobrepor, cada um a combinar com o anterior; um tampo de pernas compridas onde coloquei o meu pensamento. Deixei-me repousar...
Até que um dia acordei sentado numa cadeira, gelado e de frente para o meu pensamento. Estava replecto de flores de suaves pétalas, os cheiros faziam sonhar e um som intenso disparou de dentro de mim fazendo iluminar o buraco onde me escondia. Foi de encontro ao meu pensamento, agarrou-o subtilmente e levou-o porta fora deixando-me ali, sozinho, preso a uma cadeira que eu próprio tinha construido. Tentei levantar-me mas a cadeira agarrava-me com força, apertava-me e começou a aleijar. Era inútil lutar, estava demasiado fraco, mas não queria ficar ali o resto da minha vida, queria descobrir o significado da melodia algures lá fora. Dei por mim estava a lacrimejar, depressa inundei-me e a dor era insuportavel. Já não queria saber, desliguei por completo, esvaziei-me... Continuava a sentir a cadeira a apertar, cada vez mais. Quando me ia esmagar, anunciando o meu fim, libertou toda a sua energia disparando-me contra o tecto, caí na cama, esta começou a rodopiar e lentamente a subir. Estava tonto, prestes a perder a consciencia. Estava a girar tão depressa que abriram-se feridas no meu corpo devido ao calor que aumentava em flecha. Tudo elevou-se do chão, choquei, chocalhamos, a porta fechou-se com toda a sua força e a energia cá dentro foi sugada no segundo seguinte. Caí, caiu tudo no chão de terra, as paredes demoliram-se com os meus berros de dor...

...

Ainda ouvia a música lá fora, cobria o entulho. Fechei os olhos e dormi.

Anônimo disse...

ontem mandei uma carta para quem a quisesse receber...não tem sujeito suspeito de destinatário, talvez sejas tu, ela, ou até mesmo venha a recebê-la eu mesma. escrevi com letras de cetim azul, vermelho e branco...pode até ser que não combinem, mas o que trazem consigo é muito mais seguro que o seu brilho. o texto nada confessa, mentiras só diz do início ao fim, começando por dizer que sou feia e bonita todos os dias. de grande tamanho, o envelope tem espaço de sobra para ir carregadinho de ares daqui. carteiro, não sejas carteirista, não desmontes o suposto futuro que nela imaginei, não me roubes o agudo das cores. por mais que tente, está grave a voz, e quer chorar...de almas pretas suspeitar, vou pular! anda comigo, isto não vale (não faz parte), mas segue a carta comigo, vem ver quem é/sou do lado interior das unhas, estas não têm cunhas, como eu tive. vira à direita, cima...vira, corta. Chegámos!! É Tão Fundo.

Beijo yoyotte.***
(isto está cada vez mais difícil/fácil para nós...não achas?)
bebé.

Anônimo disse...

Uma pequena prenda feita um cadito à pressa ^^; ...

http://img444.imageshack.us/img444/8794/newdraw0jt.jpg

Anônimo disse...

ja ha mto k estava c saudades d alg novo. agr assim, d repente, deparo.m com duas novas fotos, fikei contente. lol

a foto ta gira, ta hipotetica.

cumprimnts, xauz

Anônimo disse...

hum, feita à pressa?..e quando fazes à lentidão pedrocas?..está muito bonito, gotei ^^;...
(acho que também quero..l0ol:P)

ai minha gorda, tu és "vai lá vai" todos os dias!!!..minha fofa, ainda me apetece dar-te beijos na boca...LOOOOOOOOL =)

BEIJO**
bebé.

(cubo mágico, gira até ao cor-de-rosa, que apesar de odiar, hoje apetece-me muito...pode ser??)

Anônimo disse...

isso é o campo de tenis!